No Dia da Lagartinidade, historiador e membro da Academia Lagartense de Letras, Claudefranklin Monteiro, cobra devolução do Grupo Escolar Sílvio Romero à cultura lagartense

Nesta segunda-feira, 20 de outubro, data em que se celebra o Dia da Lagartinidade, o historiador e membro da Academia Lagartense de Letras, professor Claudefranklin Monteiro, fez um apelo público ao prefeito Sérgio Reis (PSD) para que devolva à cultura lagartense o prédio histórico do Grupo Escolar Sílvio Romero, localizado no centro da cidade.
Durante entrevista ao radialista Geraldo Macedo, o professor lamentou o fato de o espaço — que foi reformado com recursos de emenda parlamentar do deputado federal Fábio Reis para abrigar um centro cultural e memorial da cidade — estar sendo utilizado como gabinete do prefeito e sede de secretarias municipais, o que, segundo ele, desvirtuou completamente a aplicação original do imóvel.
"A sociedade lagartense é conhecedora da nossa luta pela restauração do Grupo Escolar Sílvio Romero. Graças às emendas do deputado Fábio Reis, aquele grupo foi reinaugurado no dia 8 de agosto do ano passado. Infelizmente, desde então, o prédio vem sendo usado pelo poder público, quando deveria estar à cultura destacado", Cláudio.
O historiador afirmou que, das seis salas existentes no prédio, quatro estão ocupadas pela Prefeitura, o que inviabiliza qualquer tipo de ação cultural.
"Não tem como fazer exposição, não tem como lançar livros, promover oficinas ou acolher grupos de teatro. Quando o espaço é ocupado pelo gabinete, ele deixa de ser o que deveria: a casa da cultura lagartense", criticou.
Mesmo frisando que não se tratou de um ataque pessoal ao prefeito, Claudefranklin classificou a situação como “contraproducente” e “injustificável”, considerando o simbolismo dos dados.
A fala de Claudefranklin repercutiu entre artistas, produtores culturais e membros da Academia Lagartense de Letras, que veem no episódio um retrato do abandono da política cultural do município. Enquanto outras cidades da região investem em preservar e valorizar suas raízes, Lagarto — berço de intelectuais, músicos e poetas — ainda cuida de um espaço público dedicado à arte e à memória de seu povo.
Neste Dia da Lagartinidade, a crítica do professor ecoa como uma reflexão necessária: de que vale celebrar a identidade lagartense sem um lugar para vivê-la?
Comentários (0)
Comentários do Facebook