Deputado federal Thiago de Joaldo deixa base governista e passa a integrar a base liderada por Emília Corrêa e Valmir de Francisquinho

A filiação do deputado federal Tiago de Joaldo ao PL, anunciada em Brasília pela prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, marca um movimento político de grande repercussão no cenário sergipano. A adesão de Tiago ao campo oposicionista não surpreende os bastidores — ela apenas confirma um caminho que vinha sendo desenhado desde o início do ano, quando o parlamentar começou a se afastar da base aliada e a criticar personalidades da linha de frente do governo estadual, a exemplo de Jorginho Araújo.
Antes mesmo de formalizar sua migração, Tiago já havia sinalizado uma possível pré-candidatura ao governo de Sergipe. À época, o gesto parecia isolado, mas hoje se revela parte de uma estratégia mais ampla: reposicionar-se politicamente ao lado de uma oposição que cresce com independência, coerência e discurso afinado.
A saída de Tiago de Joaldo deve servir como um alerta à base governista. As insatisfações internas, somadas ao clamor popular por lideranças mais autênticas, criam o ambiente ideal para novas rupturas. E Tiago é apenas o primeiro a concretizá-las.
Enquanto isso, a oposição liderada por Emília Corrêa e Valmir de Francisquinho se fortalece construindo alianças com base em identidade, confiança e projeto de futuro. Essa liberdade, muitas vezes confundida com desarticulação, tem se revelado como um traço de força e coesão.
Diferente da base governista, que já se movimenta para 2026 com foco em cargos e estruturas institucionais, a oposição tem priorizado resultados administrativos. Emília em Aracaju e Valmir em Itabaiana mantêm o foco na gestão pública como instrumento de transformação, e não como trampolim eleitoral. A estratégia do grupo passa por ética, coerência e respeito ao tempo da política.
Com a saída de Tiago, abre-se um novo ciclo na política sergipana. Outros nomes, igualmente desconfortáveis com os rumos do governo, podem seguir o mesmo caminho. Mais do que uma troca de partido, trata-se de um realinhamento estratégico que pode redesenhar o mapa eleitoral de 2026 e consolidar a oposição como uma alternativa concreta e viável de poder.
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