Silêncio: Irmãos Amorins evitam bolsonarismo, mas querem emplacar candidato ao Senado pelo PL

Silêncio: Irmãos Amorins evitam bolsonarismo, mas querem emplacar candidato ao Senado pelo PL

Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro realizou neste domingo (29) o 7° ato público desde que deixou o Palácio do Planalto — o segundo na Avenida Paulista —, o ex-senador Eduardo Amorim segue se mantendo em silêncio. A ausência de posicionamento não tem passado despercebida nos bastidores políticos, especialmente dentro do próprio Partido Liberal (PL), onde Amorim tenta se viabilizar como o nome da sigla para disputar o Senado por Sergipe em 2026.

A direção nacional do PL já sinalizou que só deve lançar um nome por estado ao Senado. Em Sergipe, Eduardo Amorim articula para ocupar essa vaga. Irmão do presidente estadual do PL, Edivan Amorim, ele se movimenta mas sem assumir de forma clara e pública a pauta bolsonarista — algo que tem sido exigido de lideranças que desejam protagonismo dentro do partido.

Na prática, quem tem cumprido esse papel em Sergipe é o deputado federal Rodrigo Valadares. Presente em manifestações bolsonaristas, engajado nas pautas conservadoras e frequentemente citado por Bolsonaro como seu pré-candidato ao Senado no estado, Rodrigo tem demonstrado total afinidade com a linha adotada pelo PL nacional.

A ausência de Amorim nos atos de Bolsonaro — ele não esteve presente em nenhum — levanta dúvidas sobre o quanto está realmente alinhado ao projeto do ex-presidente. Se ele não participa das agendas políticas que mobilizam a base do PL, nem se posiciona em momentos estratégicos, estará fadado a parecer apenas com “mais um querendo pegar carona”. 

Ora, como alguém que não se engaja nas principais ações do grupo pretende ser o representante do partido ao Senado por Sergipe?

O cenário é claro: o PL sergipano vive um desalinhamento entre o projeto local e o nacional.