Frank Vieira celebra a chegada do gás a Lagarto e alfineta Saramandaia por ausência de apoio em 2021, que levou a Maratá a deixar a cidade

O município de Lagarto viveu, nesta quarta-feira (4), um momento histórico para o seu desenvolvimento econômico com a inauguração da Estação de Descompressão de Gás Natural e o início oficial da operação do sistema de fornecimento do insumo na cidade. O evento contou com a presença do governador Fábio Mitidieri, além de lideranças empresariais e políticas da região. A cerimônia ocorreu no Distrito Industrial Maratá, considerado âncora do projeto.
Durante a solenidade, o empresário Frank Vieira do Grupo Maratá, fez um pronunciamento simbólico e contundente. Ao agradecer ao governador pela parceria que tornou o projeto possível, ele classificou a chegada do gás natural como um divisor de águas para a economia local. No entanto, ao celebrar esse novo ciclo, Frank também resgatou um capítulo amargo da história do município.
Em sua fala, ele relembrou o ano de 2001, quando o Grupo Maratá foi forçado a transferir sua fábrica de café de Lagarto para Itaporanga D’Ajuda, justamente por falta de infraestrutura de gás natural na cidade. Segundo ele, à época, apesar de muito diálogo, não houve empenho suficiente da gestão municipal para viabilizar a permanência da indústria — administração que estava sob o comando do agrupamento Saramandaia, liderado pelo então prefeito Jerônimo Reis.
A mudança, conforme explicou, resultou na perda de 1.400 empregos diretos em Lagarto.
A fala de Frank Vieira, que foi recebida com atenção e repercutiu entre os presentes, vai além de um desabafo sobre o passado. O empresário trouxe à tona não apenas o prejuízo histórico causado pela falta de diálogo institucional, mas também uma inquietação com os sinais de repetição dos mesmos erros.
Isso porque, apesar de o momento ser de avanços, o contexto político atual remete a um déjà vu. Hoje, quem ocupa a Prefeitura de Lagarto é Sérgio Reis, filho de Jerônimo Reis, e herdeiro do mesmo agrupamento político que, falhou com a cidade no passado. Coincidentemente — ou não —, o grupo empresarial tem enfrentado embates judiciais com a atual gestão.
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