Vídeo resgatado expõe hipocrisia do prefeito Sérgio Reis com omarco histórico Cruz das Almas

Na última sexta-feira, o RegionalSe mostrou com a situação de completo abandono do marco histórico Cruz das Almas, local onde nasceu o município de Lagarto e símbolo da identidade lagartense. O espaço, localizado no povoado Santo Antônio, foi reformado em 2022 pela ex-prefeita Hilda Ribeiro, que construiu uma pequena praça ao redor do monumento. No entanto, em dez meses de gestão, o prefeito Sérgio Reis (PSD) não invejou sequer uma equipa para fazer a limpeza ou a manutenção do local, que hoje está tomada pelo mato e pelo descaso.
Após a publicação, moradores e internautas relembraram um vídeo gravado pelo próprio Sérgio Reis em 2024, quando ainda era pré-candidato à Prefeitura de Lagarto. A gravação, feita justamente no marco do Cruz das Almas, voltou a circular nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a mudança de postura e de discurso do atual prefeito. No vídeo, Sérgio aparece ao lado do irmão, o deputado federal Fábio Reis, exaltando o valor da cultura e a importância de preservação das origens lagartenses — um discurso que, hoje, contrasta diretamente com a realidade de mato e o esquecimento que tomou conta de um dos patrimônios culturais de Lagarto.
À época, o local serviu de cenário para discursos sobre “orgulho”, “tradição” e “identidade”. Hoje, porém, o mesmo espaço encontra-se esquecido e sem qualquer cuidado por parte da gestão Sérgio Reis. O episódio evidencia o que chamamos de hipocrisia: quando é conveniente para o marketing político, o prefeito se lembra da cultura; quando tem a responsabilidade de preservá-la, vira as costas para ela.
O abandono do marco Cruz das Almas simboliza o que artistas e entidades culturais classificam como um desmonte da cultura lagartense. Em menos de um ano de governo, a gestão Sérgio Reis tem acumuladas críticas e polêmicas — desde tratamento diferenciado com as quadrilhas juninas até episódios de desrespeito envolvendo a Associação Folclórica de Lagarto.
Neste Dia da Lagartinidade, a reflexão é detalhada: o mesmo prefeito que um dia usou o marco histórico como palanque eleitoral, hoje o deixa entregue ao mato e ao esquecimento. Entre o discurso e a prática, a cultura de Lagarto segue abandonada.
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