Elber Batalha e a revolta seletiva

O vereador Elber Batalha, em sua recente coluna no JL Política, tem direcionado constantemente críticas à gestão de Emília Corrêa e Ricardo Marques, mas sua postura revela mais oportunismo do que coerência. No ano passado, ele não se opôs quando Edvaldo Nogueira realizou uma licitação que permitia o aumento da tarifa do transporte público, mesmo com um subsídio milionário, demonstrando conivência com um dos piores sistemas de transporte entre as capitais. Além disso, permaneceu em silêncio quando Edvaldo fez a prefeitura comprar, dela mesma, um terreno por R$ 40 milhões com verba da educação.
Agora, depois de ter feito campanha para o candidato do grupo que dizia combater, tenta comparar três meses de administração com quase duas décadas de Edvaldo, ignorando que essa gestão destruiu áreas ambientais na antiga zona de expansão e favoreceu grandes empresários imobiliários, do transporte e do lixo. Na ânsia de atacar Emília, sugere que o verdadeiro prefeito de Aracaju é o empresário Edvan Amorim, mas esquece que, no passado, também esteve ao lado de estruturas políticas que serviram a interesses empresariais.
Seu ataque à prefeita não passa de um discurso contraditório, demonstrando incômodo com o fato de uma mulher com forte liderança ter sido eleita democraticamente, sem depender do sistema político tradicional. Elber Batalha parece mais um Dom Quixote, enxergando inimigos imaginários para se manter relevante. Mas lhe falta um Sancho Pança para lembrá-lo de que os moinhos não são dragões e que Emília Corrêa governará Aracaju até 2028. Seu silêncio no passado e seu falatório no presente apenas mostram um parlamentar seletivo em suas indignações, mais preocupado em atacar do que em fiscalizar de forma justa.
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