Crise para quem? prefeito Sérgio Reis garantiu robusto aumento de salário para ele e seus secretários

Em um cenário onde a palavra “crise” tem sido utilizada como justificativa para negar nomeação de aprovados no concurso público e déficit em serviços essenciais, o prefeito Sérgio Reis surpreende ao tornar realidade, o reajuste salarial para si mesmo e seus secretários. A decisão, que contrasta diretamente com a narrativa de dificuldades financeiras adotada pela gestão, levanta questionamentos sobre a real situação econômica do município.
Nos primeiros 30 dias de seu mandato, Sérgio Reis tem enfatizado a necessidade de contenção de gastos. Nenhum investimento em infraestrutura foi anunciado e setores como saúde e educação enfrentam dificuldades. No entanto, quando se trata dos salários do alto escalão da prefeitura, o aperto financeiro parece não ser um obstáculo.
Fato esse que, além de representar um desrespeito com os contribuintes, compromete ainda mais a credibilidade da atual gestão. Afinal, diante de uma crise financeira, aumento de salário do alto escalão deveria ser a última prioridade, não é verdade?
Apesar de que, do ponto de vista legal, o reajuste está dentro da legislação, do ponto de vista ético e moral, a medida é difícil de justificar, ficando a pergunta no ar: crise para quem?
Com o reajuste, o salário do chefe do executivo passou de R$ 25 mil para R$ 33 mil e dos secretários de R$ 10 mil para R$ 15 mil reais. Veja o que diz a assessoria do gestor em nota.
*NOTA PÚBLICA*
_Reajuste salarial de prefeito e secretários foi sancionado na gestão de Hilda Ribeiro_
A Prefeitura Municipal de Lagarto, por meio da Procuradoria Municipal, esclarece que o reajuste de 24% no salário do prefeito e de 50% nos vencimentos dos secretários municipais decorre da Lei nº 1.194, sancionada pela ex-prefeita Hilda Ribeiro em 13 de novembro de 2024.
A referida lei, aprovada pela Câmara Municipal, definiu os subsídios dos agentes políticos para a legislatura de 2025 a 2028, incluindo salários de prefeito, vice-prefeito e secretários, com possibilidade de reajustes anuais. Apesar de os novos valores entrarem em vigor somente em janeiro de 2025, a decisão de implementar o aumento foi tomada e formalizada integralmente durante o mandato da gestão anterior.
De acordo com a análise da Procuradoria:
“Toda despesa deve estar prevista na lei orçamentária. Em 2024, a então prefeita Hilda Ribeiro realizou o estudo e incluiu no orçamento para 2025 o aumento nos subsídios do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Foi uma decisão da gestão anterior, que, mesmo não permanecendo à frente da administração, deixou o orçamento para o ano seguinte já aprovado”, explica a procuradora Bianca Cardoso.
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